Vejo o dia adormecer,

O sol se esconder levando as coisas dadas a interpretações.

Fica o vazio do dia em mim, buraco infinito de volta.

Sua partida é nota de história que se inicia.

Agora resta tecer o texto da memória e correr o risco da verdade.

O dia agora desbota no contar dos fatos, é experiência externa ao real.

Amanhã um novo dia será fato em minha alma.

Enquanto isso ignoro os caminhos da linha tênue do amanhã.

Suspiro ausências infundadas de você.

Importa, no momento, esperar o adormecer do real e o acordar da fantasia.

Somente ela acolhe a dor falseada de alegria.

Passeio calado e recolho nos passos a emoção do acaso.

Tenho medo de profanar o amor.

Então, adormeço no silêncio barulhento da minha alma.

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