Acordei com as palavras borbulhando em mim.
Varriam pensamentos num grito de apreço.
Inquietas sorviam o tempo a espera do texto.
Intensas, as palavras sonham, anseiam, cobiçam a escrita.
É preciso arranjá-las para ver surgir poesia na vida.
Suspendo afazeres e ofereço atenção às palavras.
Amedrontadas elas comungam medo incerto.
Temem o abandono no silêncio, o esquecimento.
Num lampejo de lucidez compartilho o receio.
Comovido, entrego-me a tessitura do texto.
Acolho as palavras, abrando a dor.


Teuler Reis

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