A noite embrulhava as horas no silêncio.

Ainda era dia claro nos meus pensamentos.

A máquina pensante resistia ao sono, aos braços de Morfeu.

Tentei ocupá-la com a leveza das orações, acordei amigos e familiares.

Mas, meus pensamentos estavam irredutíveis ao descanso.

Na penumbra do quarto deixo minha alma se olhar no espelho.

É preciso ser forte ao encarar nossa própria alma.

Dores inconfessas, amores segredados, paixões reprimidas, rancores desbotados...

A alma é um manto bordado com histórias da vida.

Um eterno movimento capaz de refazer sonhos e alegrias.

Contemplo meu manto, sinto-me tocado.

Em seguida adormeço nos braços da minha história.

A noite segue seu curso.

Joomla templates by a4joomla