Sustento as horas, abrando o tempo.
Palavras, frases, poemas.
Na lixeira há palavras rasgadas.
É preciso perdê-las de vez em quando.
Amontoá-las pode ser o caos.
Debruço na mesa, quero aliviar o peso.
Palavras pesam.
Um sentimento órfão de palavras vagueia apertando o peito.
Desprovido de nome consegue trazer palavras a superfície.
Peso, tédio, sufoco, morte...não são boas.
Fecho os olhos, respiro fundo, resgato outra palavra sonolenta.
É amor, e com ela vem esperança, saudade, paz, azul...
A vida é um texto escolhido por nós.
Uma ordenha num vocabulário de possibilidades.
Decisão ao nosso alcance.

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