A violência se disfarçou de alegria e invadiu aquela sala.
Nos olhos um brilho estranho denunciava algo.
Ouviu-se um nome estranho, palavra carregada.
Tão logo se fez ouvir encheu de dor aquele coração.
Violência velada, mesclada na aparente normalidade.
Ao tocar o sinal, lá foi ela vestida no desejo de mostrar força.
Passava despercebida, sua próxima vítima mal sabia de sua presença.
Num gesto amargo, comungava frases vazias de sentido.
Sentia prazer em dizer o não dito, de enfeitar por conta própria frases roubadas em sigilo e confiança.
E assim, no silêncio das horas, a violência ganhava terreno, roubava das pessoas a alegria da vida.
Até que, um grito vindo do fundo da sala, banhou de amor o disfarce da infeliz.
A violência se viu exposta, caiu o disfarce e daquele dia em diante ela foi silenciada.
                                                                                             

Teuler Reis

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