É fato: existem pessoas que envelhecem mas, não amadurecem. Permanecem ao longo da vida ungidos da incapacidade de encontrar saídas maduras, de resolver com maturidade seus problemas, medos, decepções e toda sorte de problemas. Optam pela ignorância, a exclusão, se tornam amargas, emburradas e, não conseguem nem mesmo se verem nessa posição. O fato é que a maioria delas repete experiências vividas ou observadas no decorrer da vida. Trazem em si o modelo dos pais, da família. Os exemplos permanecem ali, adormecidos, a espera do momento da “repetição”, para assombrarem novamente.
Daí o “novelo”. O novelo é aquela estrutura em que a linha sempre volta ao mesmo ponto. Ainda que numa localização temporal diferente, o fio sempre retorna a posição dos fios anteriores. É preciso se por atento para não ser mais um nessa estrutura. Cometemos os mesmos erros dos nossos pais e, certamente nossos filhos farão o mesmo. Aprendi bem cedo observar o movimento do “novelo”. Se nos propomos a observar as voltas do fio temos uma chance de não voltar ao ponto vivido. Maturidade para mim é isso: nossa capacidade de estender o fio do “novelo” e não percorrer o mesmo trajeto, principalmente quando a estrada é sinuosa e nos provoca dor. Maturidade é saber fazer novas escolhas, tecer novos rumos e seguir em frente. Do “novelo” quero apenas o fio que liga a vida, tece alegrias, desembaraça tristezas e faz da vida um tapete voador.


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