Quem está certo nessa história ainda é cedo para dizer. No entanto, a questão provoca rumores na sociedade brasileira. Há quem grite ser desatino, privação de direitos, ato inconstitucional e outras dezenas de apelações. Do outro lado, clamam ponderações acerca da necessidade de agir diante da passividade e inércia assumida pelos pais na criação dos filhos. O fato é que muitos pais entregam seus filhos à própria sorte. Crescem sem regras, sem limites. Tornam-se vítimas de experiências inapropriadas.
Nos últimos anos os pais delegaram, aleatoriamente, autonomia em excesso aos jovens.
De uma coisa estou certo: é preciso agir.
Toque de recolher para os jovens ou para os pais?
Vejo essa questão como um pedido de socorro da sociedade. O “balde entornado”!
Embora , ao meu ver, ele já entornou faz tempo.
O ato de educar se perdeu numa sociedade engolida por razões de mercado. Hoje é raro ver pais educando filhos. Para a maioria deles, a tarefa de educar, se resume em pagar uma boa escola, surtir a casa com equipamentos eletrônicos de toda espécie, cama e comida.
Salvo pequenas exceções, os valores humanos passam distantes da educação moderna.
Vivemos no mundo do imediatismo – é agora ou nunca, do hedonismo – prazer imediato, do individualismo – problema dele. E assim, esquecemos das razões e dos pilares da vida em sociedade.
Melhor é soar o toque de recolher. Recolher o descaso com a família, recolher a violência, o egoísmo. Recolher a impaciência, a luxuria, a fome. Recolher os cegos diante do processo de desumanização do homem moderno. E ao recolher as mazelas que enfraquecem o pacto social e nos impede de crescer como seres humanos, teremos tempo para refletir o significado da vida. Tempo para reencontrar a verdadeira razão de ser.
Pensem nisso!!!

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